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Hospital da Fhemig é o único de Minas a participar de estudo nacional para aumentar diagnóstico e tratamento da tuberculose em crianças

Hospital é referência estadual em doenças infecciosas

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
04/07/2025 às 09h20 Atualizada em 04/07/2025 às 09h20
Hospital da Fhemig é o único de Minas a participar de estudo nacional para aumentar diagnóstico e tratamento da tuberculose em crianças
Rafael Assis / Fhemig

O Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII), da  Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) , é o único de Minas Gerais e um dos primeiros do país a participar, com 150 amostras, do estudo nacional (TBPed) para diminuir a subnotificação e aumentar o tratamento da tuberculose, doença infecciosa que mais mata no mundo, em pacientes pediátricos de até 15 anos incompletos.

A participação do HIJPII representa 11,6% do total de 1.288 crianças hospitalizadas que integram a pesquisa.

“É uma amostra grande. São pacientes hospitalares que não tinham diagnóstico, nem suspeita de tuberculose. Eles estavam internados para tratar infecções respiratórias. Abordamos os pais e pedimos para colher amostras para exames muito específicos, que ainda não são usados rotineiramente na prática clínica”, explica a pneumologista e coordenadora do Serviço de Alergia e Pneumologia Pediátrica do HIJPII, Chalene Guimarães Soares Mezêncio.

Ainda segundo a especialista, a detecção é difícil porque, em crianças, a tuberculose se confunde com infecções respiratórias de repetição, principalmente em determinadas épocas do ano. Por isso, é importante a suspeita: se um paciente adoece com frequência, pode ter essa enfermidade, causada pelo bacilo de Koch. 

  "As crianças começam a tossir, emendam a tosse com outra infecção e não pensamos na tuberculose. Com a divulgação do estudo vamos conseguir um diagnóstico muito melhor", completa Chalene Guimarães.  
   
   

Tecnologia

Iniciada em 2021, a pesquisa irá beneficiar crianças e adolescentes de todo o país, e conta com 22 centros participantes em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Manaus. Entre eles está o Centro do HIJPII que incluiu, em fevereiro de 2022, a amostra do seu primeiro paciente hospitalizado.

O recrutamento dos pacientes internados foi encerrado em março deste ano. A divulgação dos resultados do estudo está prevista para o ano que vem, mas dados preliminares já revelam que a prevalência da tuberculose em crianças e jovens de até 15 anos incompletos é maior do que pensavam os pesquisadores.

Ao ingressar no estudo, financiado com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e conduzido pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, a unidade da Fhemig recebeu o sistema GeneXpert, aparelho que realiza o teste rápido molecular (TRM) para a detecção do bacilo.
 

Francis Campelo / Fhemig
Francis Campelo / Fhemig

Rapidez

O exame foi incorporado à prática assistencial do HIJPII, com o treinamento da sua equipe de profissionais para a melhor coleta do escarro induzido da criança, por meio da tecnologia do GeneXpert que detecta, em duas horas, a presença do bacilo de Koch e também identifica a resistência a um dos principais antibióticos usados no tratamento da doença.

A incorporação desse conhecimento pelo HIJPII, que é o centro de referência em Minas, representa um avanço para a saúde infantil no estado, considerando que essa população tem maior chance de progressão do bacilo para as formas ativas da doença, como também de funcionar como reservatório, a longo prazo, para o desenvolvimento dessa doença altamente transmissível.

Somente em 2022, foram registrados 81 mil novos casos no país e mais de 10 milhões no mundo. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 25% da população mundial pode estar infectada.

Transmissão

Transmitida pelo ar, a tuberculose faz com que uma pessoa sem tratamento seja capaz de infectar até outras dez. Desse total, entre 5% e 10% irão desenvolver a doença.

O tratamento é gratuito e realizado apenas pelo SUS. Para alcançar a cura é necessário segui-lo rigorosamente por seis meses. Se o paciente o abandonar, pode desenvolver a forma resistente da doença, que necessita de um prazo ainda maior para ser curada – de 18 a 24 meses. Daí a importância da detecção precoce e do início imediato do uso do medicamento.

 

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