A EPR Via Mineira, responsável pela concessão do trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, na Zona da Mata, avalia antecipar obras em pontos críticos da rodovia e a implementar uma faixa preferencial para veículos pesados, entre Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e Conselheiro Lafaiete, na região Central do Estado, focada no trânsito de caminhões de minério, o grande gargalo da região.
A proposta da empresa está sob análise do grupo executivo criado no âmbito do projeto da “Rodovia do Minério”, que tem o objetivo de viabilizar a retirada de caminhões neste trecho rodoviário administrado pela concessionária como também da BR-356.
O grupo é promovido pelo Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com a Câmara de Prevenção e Resolução Administrativa de Conflitos (CPrac) da Advocacia-Geral do Estado (AGE). A EPR Via Mineira foi incluída na iniciativa no final do ano passado.
As obras na BR-040 que poderão ser antecipadas são para ampliação de capacidade no Trevo da Moeda e Curva da Celinha, em Itabirito, na RMBH, ambas com previsão inicial de conclusão em 2030, e a duplicação de um trecho na região Central do Estado, entre Congonhas e Conselheiro Lafaiete, inicialmente com conclusão prevista entre 2027 e 2029.
Em nota, a EPR Via Mineira declarou que as propostas de antecipação de obras e implementação de faixa preferencial na BR-040 estão em fase de consolidação técnica, com foco na estruturação dos orçamentos e análise dos impactos envolvidos.
Inicialmente, o contrato de concessão da BR-040 definiu um prazo de sete anos para a duplicação de todo o trecho entre Belo Horizonte e Juiz de Fora.
A concessionária tem reafirmado que as primeiras entregas serão iniciadas no terceiro ano de administração da rodovia, com a duplicação total da capital mineira a Conselheiro Lafaiete até o quinto ano, e o restante da duplicação, até a cidade da Zona da Mata, nos dois anos seguintes.
A EPR Via Mineira iniciou a operação da concessão da rodovia em agosto do ano passado e já realizou algumas obras de melhorias no Trevo da Moeda e na Curva da Celinha, sem ampliar a capacidade dos dois trechos historicamente marcados por acidentes graves.
Após a conclusão das intervenções, ambos não registraram mais ocorrências com vítimas fatais.
O grupo executivo da Rodovia do Minério é presidido e coordenado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), por meio do Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), e conta com a participação de empresas como a Bação Logística, Cedro Mineração, Gerdau, Grupo J. Mendes, Herculano Mineração, Minar Mineração Arêdes, Mineração Ferro Puro, MSM Mineração Serra da Moeda, SAFM Mineração, Vale e Vallourec.
Além do MPMG e AGE, integram a iniciativa outros órgãos públicos e associações, como o Ministério Público Federal (MPF), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Mineração (ANM), a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig) e a Associação dos Municípios do Alto Paraopeba (Amalpa).
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