Com a proximidade do período chuvoso e como forma de prevenção a eventuais desastres, o governo de Minas Gerais lançou nesta quinta-feira (21) o Centro de Inteligência em Defesa Civil (Cidec).
A iniciativa, localizada na Cidade Administrativa, reúne tecnologias para prever eventuais transtornos que podem ser causados pelos temporais.
De acordo com o governador Romeu Zema (Novo), foram investidos R$ 12,5 milhões na estrutura, com recursos que vieram do Ministério Público Estadual. O Cidec conta com um painel de monitoramento em tempo real. “Temos aqui um uso intenso de tecnologia, são vários bancos de dados que trabalharão unificados.
O que nós mais queremos é prevenir o pior, é alertar a população que uma chuva torrencial está a caminho para que todos tenham tempo de evacuar, ir para um lugar seguro, o que com toda certeza vai salvar vidas, que é o grande objetivo”, explicou o governador.
Zema ainda disse que o novo sistema trabalhará em conjunto com as defesas civis dos municípios na prevenção dos desastres. “Lembrando que, no caso de Minas, nós ainda temos um apelo adicional. Nos últimos 10 anos, nós tivemos aqui duas grandes tragédias, a de Brumadinho e a de Mariana, sem considerar enchentes, deslizamentos que também ocorrem.
Então a nossa defesa civil, através desse centro aqui de inteligência, passa a contar com um recurso extra, o que reduz em muito a incidência de risco à vida dos mineiros”, afirmou.
Na prática, o Centro de Inteligência irá organizar informações fornecidas por diferentes áreas do governo, como infraestrutura, saúde e meio ambiente através de um banco de dados. O coronel da Defesa Civil, Paulo Roberto Rezende, explica que o sistema poderá auxiliar durante chuvas de diferentes intensidades.
“De forma prática isso permite, junto com os mapeamentos de riscos que já existem, que a gente consiga integrar com outras ferramentas de meteorologia que permitam a gente antecipar avisos, alertas para o cidadão, para o município, para que se mobilize, por exemplo, em uma retirada das pessoas de área de risco”.
Rezende diz ainda que o período de férias escolares é um dos mais perigosos. “O período chuvoso coincide com o período de férias e de intensa movimentação nas estradas, que muitas vezes estão mais perigosas por estarem molhadas, escorregadias.
Fora isso, tem uma série de monitoramentos que a gente faz em tempo real de outras escalas, de outros centros, centros nacionais, que servem de base para a gente cruzar essas informações”.
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