As eleições municipais batem à nossa porta. Estamos a uma semana de definir os rumos políticos da nossa cidade, ao escolhermos o prefeito, vice e vereadores que estarão à frente do Executivo e Legislativo Municipais pelos próximos quatro anos a partir de janeiro de 2025.
As campanhas a prefeito passaram a dominar as ruas das cidades e as redes sociais com fotos e imagens dos candidatos. No caso dos vereadores, como de costume, a visibilidade é mais desafiadora diante da imensa oferta de candidaturas, 117, (clique aqui para ver todos os candidatos).
Destacar-se no meio de tantos concorrentes é tarefa difícil na maioria dos casos. No entanto, há uma preocupação que antecipa a realização do pleito, no que diz respeito à crescente taxa de alienação eleitoral (somatória dos eleitores que, por diversos motivos, ou não vão votar ou anularão o voto).
Esse assunto vez ou outra, ganha a atenção nos meios de comunicação em função de uma suposta desmobilização da sociedade em relação às eleições, resultado de um desencantamento com a política representativa.
A respeito disso, vale a pena analisar o caso do cargo que é a porta de entrada na política, o de vereador.
Estudos indicam que as eleições para vereador são as que mais possuem votos válidos (eleitores que escolheram um candidato), perdendo somente para o cargo de presidente da República.
De modo geral, expressiva parcela dos eleitores não se lembra em quem votou para vereador nas eleições passadas.
O custo da não participação ou da 'escolha por não escolher'', deixando a cargo das preferências dos eleitores mobilizados, tem o seu significado.
O eleitor alienado é o desafio constante da democracia em termos de engajamento participativo e, ao mesmo tempo, a solução fácil para o político profissional experiente, o qual aposta na desmobilização para se beneficiar do voto de última hora, oportunista e sem critérios.
É necessário para a democracia, superarmos esse hiato nas escolhas dos vereadores, aos quais mais se escolhe e menos se lembra. Pois quem não lembra, dificilmente acompanha e fiscaliza.
Se não praticar a cidadania do voto, e estar mais próximo, como superar a sensação de que há uma distância enorme entre representantes e representados?
A democracia é um regime exigente para com o cidadão, que vivencia os problemas do dia a dia do município. É preciso participar e votar com consciência em seu vereador, se credenciando assim, para acompanhar e cobrar depois a atuação do seu representante.
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